RH: Modismos e retorno ao essencial

A revolução digital chegou para ficar, e no RH não seria diferente. Existem diversas formas de automatizar e incorporar a tecnologia nas mais variadasfunções do setor: aplicativos que facilitam o recrutamento e seleção, aplicativos para o registro do ponto, conversas com chatbot que podem respondera dúvidas de funcionários ou candidatos; enfim, muitas plataformas e a inteligência artificial que vieram para facilitar a gestão de pessoas, além decontribuir para tomadas de decisões mais racionais e menos subjetivas.

Isso é incrível e certamente contribui para desafogar o setor, sobretudo de atividades mais operacionais, fazendo com que os profissionais dessa áreatenham mais tempo para o que realmente importa.

Mas o que é que realmente importa?

Em meio à transformação digital que estamos vivendo, não podemos esquecer que a tecnologia é um meio para um fim, e não um fim em si.

A área de RH é a ponte que liga a empresa ao funcionário, a estratégia ao humano. O que realmente importa é ajudar a empresa a atingir seus resultadossabendo o limite entre o incentivo à performance e a cobrança exagerada e insalubre. É saber como criar um espírito de competitividade funcional, e nãouma competição entre funcionários da mesma empresa (como se já não bastassem os concorrentes lá fora). O que realmente importa é a coerênciaentre o discurso e a prática, a ética e o alinhamento dos valores da empresa e os valores individuais de cada pessoa que faz parte da organização. É saberorganizar de forma empática e produtiva esse enorme emaranhado de vidas que se entrelaçam em um ambiente de trabalho.

Talvez esse seja o ponto mais importante: são vidas, que trabalham com outras vidas e que prestam serviços ou fabricam produtos para outras vidas.Podemos considerar, assim, que a vida é o centro de todo o mercado, de todo o sistema capitalista.

E o que é mais importante na vida? Cada um tem sua resposta particular a essa questão, mas certamente muitas respostas vão girar em torno defelicidade, amor, saúde, autorrealização, busca por propósito, entre outras.

Passamos a maior parte da vida trabalhando… seria muito desperdício de tempo se esse trabalho não estivesse contribuindo para o que mais queremosna vida.

Então, o que realmente importa para um profissional de RH é criar oportunidades para que as pessoas consigam alcançar o que importa para elas, écontribuir para uma “explosão” de vida dentro da empresa, e, consequentemente, impactar a vida de todos os stakeholders.

Incorpore a tecnologia ao seu negócio, isso é essencial para a sobrevivência da empresa!
Mas aprenda a ler o que os dados não mostram. Crie canais abertos de comunicação dentro da empresa, desenvolva sua empatia, coloque-se no lugardos seus funcionários e do seu candidato. Como você gostaria que te tratassem? Como você gostaria que tratassem seu filho?

Cuide das pessoas, cuide das vidas que passam pelo seu setor. Elas são o maior patrimônio que sua empresa tem.

Para finalizar, nada melhor do que citar o grande Charles Chaplin: “mais do que máquinas, precisamos de humanidade”.

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