O sucesso das empresas, na atualidade, está diretamente ligado ao capital humano. As organizações têm investido em programas de Treinamento eDesenvolvimento, o qual vem sendo o diferencial para atender a demanda do mercado e obter o destaque com seus clientes e entre seus concorrentes.
O T&D está relacionado com outras práticas de gestão de pessoas, desde o plano de carreira, na facilidade para a realização das tarefas e norelacionamento entre colegas e chefias. O T&D contínuo deixa de ser uma despesa e transforma-se em investimento, seja a curto, médio ou longo prazo.
Este artigo é entender a visão dos funcionários sobre a prática de T&D. Para isso, foi realizada pelos alunos do 4º período do curso de Gestão de RH, dasFaculdades SPEI, campus Torres uma pesquisa com 700 questionários, com profissionais de diversas áreas, setores e ramos empresariais de Curitiba eregião metropolitana. Os respondentes compreenderam em 57% (399) do sexo feminino e 43% (301) do sexo masculino.
Ao serem indagados em que aspecto o T&D mais beneficia, a carreira profissional foi apontada por 45% dos participantes, (314 respondentes), sendoque um terço está na faixa etária entre 23 e 28 anos, deixando em evidência que nessa faixa de idade, a procura por treinamentos é maior e a oferta porparte das empresas é mais freqüente.
Desses profissionais, 76% recebem treinamentos nas empresas em que atuam, ao menos uma vez ao ano,demonstrando que estas empresas já perceberam o potencial de aprendizagem e desenvolvimento que a área de T&D proporciona. As empresasprocuram treinar e desenvolver profissionais mais jovens, atrelado aos objetivos desses funcionários que almejam crescimento em curto prazo. Tambémembasada na carreira profissional, foi apurado que 35% dos 314 respondentes têm curso superior incompleto.
Cerca de 34% dos participantes da pesquisa (241 pessoas), responderam que o T&D beneficia também na facilidade para realização das tarefas. Dopúblico que respondeu esses 241 questionários, 42% atuam no setor de serviços.
Outro tema abordado na pesquisa foi o quanto o T&D melhora o relacionamento entre os colegas e com as chefias.
Da amostragem geral (700), 16% dosrespondentes (112 questionários), mencionaram que esse dado também apareceu em destaque pelo fato de proporcionar integração entre os pares,fazendo com que se conheçam melhor, tenham maior liberdade para expressar as dificuldades do dia a dia e facilitar o trabalho em equipe. Tambémocorreu de alguns entrevistados da pesquisa geral, 5% (33 pessoas), mencionaram que o T&D não beneficia em nada. Dessas 33 pessoas, 52% atuam nosetor de serviços, 46% têm ensino médio e 79% recebem até 2 salários mínimos. Com base nos índices, é possível perceber que o setor de serviçosoferece treinamentos, porém, os funcionários não levam em consideração a importância dos mesmos por serem de curta duração. Atrelando o índice deescolaridade e salário com o T&D, percebe-se que esse público atua principalmente na área operacional e está satisfeito com o que está proposto.
As empresas que oferecem treinamentos com maior frequência são as do setor de serviços, pois para essas organizações, o subsistema de T&D estádeixando de ser uma despesa e tornando-se um investimento. O terceiro setor foi apontado como o ramo que praticamente não oferece treinamentosaos seus funcionários, visto que essas entidades utilizam-se de voluntários, não dispondo de verbas específicas para estes investimentos e existindorotatividade acentuada nesse setor.
Para as empresas, o T&D traz a redução de custos, melhora nos processos, profissionais mais qualificados, bem como gastos obtidos inicialmente que setransformam em investimento. Já para os empregados, proporciona a satisfação em desenvolver e aprender bem suas tarefas, tendo a possibilidade dedesenvolvimento e crescimento profissional.
Autores: Ana Lubacheski; Carlos Lubacheski; Eliane Castro; Jéssica Przybyszewski; Viviane Quadros.